VIRGINIA

Olá Colegas!!!! Este blog foi criado com o intúito de trocar idéias sobre novas tecnologias a serem aplicadas com alunos portadores de Necessidades Educacionais especiais... Espero que gostem e sintam-se a vontade para acessar e comentar, ok!!!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Experiência em Campo: Relatório de atividades utilizando Tecnologia Assistiva.

1. Perfil do aluno:
A aluna tem 17 anos e está no terceiro ano do Ensino Médio em um Colégio Estadual de meu Município. A aluna é portadora de uma doença degenerativa. Até os 3 anos de idade a educanda era considerada uma criança “normal”, corria, se locomovia com facilidade. Após esta idade a menina começou a tropeçar muito e quando completou 5 anos não conseguiu mais andar (passou a se locomover por intermédio de cadeira de rodas). Com o passar dos anos seus membros superiores e inferiores foram se atrofiando, resultando em uma grande dificuldade motora fina ( a aluna possui uma grande dificuldade em segurar o lápis para copiar e fazer as lições em sala, ela segura o lápis com as duas mãos). Esta menina esta inserida em uma turma regular no Colégio em que trabalho, e de acordo com os professores da Instituição de Ensino a aluna está neste mesmo Colégio desde a 5ª série. Ela não possui nenhum atraso cognitivo, não é repetente e é muito interessada e esforçada na realização de suas tarefas.

2. Descrição da atividade planejada pelo professor :
OBJETIVOS:
· Apresentação do programa DASCHER a aluna com necessidades especiais motoras;
· Facilitar a vida da educanda em relação à execução de tarefas de casa e do dia-a-dia escolar.
· Levar a aluna a se familiarizar com o programa;
· Introduzir a aluna no mundo da informática de uma forma independente e autônoma, levando em consideração as suas dificuldades e limitações.
METODOLOGIA:
Em um primeiro momento irei apresentar o programa a aluna e ensina-la a lidar com o mesmo. Após este momento a aluna irá usufruir do programa e se “aperfeiçoar” do mesmo. Em um segundo momento, na aula de Português em sala de aula juntamente com os demais colegas, a aluna irá se munir com um lap top que contenha o programa dascher instalado. Nesta aula de Português a aluna irá digitar no computador as anotações referentes a matéria, produzir um texto solicitado pelo professor entre outras coisas. Ao término da aula a aluna irá avaliar o programa dasher observando se o mesmo facilitou o seu cotidiano escolar.

3. Tecnologia Assistiva escolhida:

Dasher, programa que permite aos usuários selecionar visualmente as letras do alfabeto na tela do computador para formar palavras

4. Reflexão sobre a experiência e considerações finais:
Inicialmente a aluna sentiu um pouco de dificuldade em lidar com o “novo”. No começo ela relatou que as “letras estavam fugindo de seu controle”, porém diminuindo a velocidade do programa a aluna começou a aprender a lidar com esta nova tecnologia.
Como o tempo foi curto (em uma semana apresentei o programa a aluna e apliquei a atividade), o resultado não chegou a ser excelente, porém o programa naquele momento facilitou as anotações da educanda e além disso foi uma experiência muito bacana e inclusiva. Segundo a aluna, ela nunca teve acesso a informática e o Dasher trouxe uma certa “facilidade” e independência.
Acredito que se a aluna continuar neste mesmo ritmo “os calos que a mesma adquire com seus respectivos lápis e canetas” irão sumir, e no lugar a tecnologia irá auxiliá-la em seu dia-a-dia.

Navegar é preciso

Como o próprio título diz: “Navegar é preciso”, devemos “usar” e “abusar” das tecnologias com os PNEEs. O profissional da educação através da pesquisa e da “exploração” de softwares educativos pode e deve promover a inclusão social e digital de pessoas com necessidades educacionais especiais.
Assim, pesquisei no google alguns links que funcionam como espaços virtuais de inclusão digital para que todos os PNEEs possam exercer a sua cidadania com dignidade.

SITE: http://www.cedipod.org.br/
CEDIPOD - Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência, é uma entidade civil, sem fins lucrativos. A proposta de trabalho do Cedipod está voltada para a criação de material informativo para as entidades de pessoas com deficiência e para a sociedade.

SITE: http://www.autistas.org/index.html

O Projeto Autistas.Org (www.autistas.org) foi criado por pais de autistas para auxiliar famílias brasileiras que buscam informações sobre Autismo, Asperger e outras deficiências. Este espaço é um canal de comunicação aberto para todos, especialmente familiares, e onde a liberdade de expressão é uma preocupação constante.

SITE: http://www.assistiva.com.br/
Proporciona à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

SITE: http://www.acessibilidade.net/
Este site destina-se a todos os que desejam facilitar o acesso ao computador, ao software e à Internet a pessoas com deficiência, através de tecnologias de acesso e técnicas de concepção de software e de conteúdos web acessíveis. Neste site também pode encontrar o MECBraille - Marco Electrónico de Correio Braille - um serviço gratuito de conversão e envio de textos e cartas em Braille!

SITE: http://www.redespecial.org.br/downloads.html
A Redespecial-Brasil é uma organização não-governamental (ONG) a serviço das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais através das Tecnologias da Informação e Comunicação.
LINKS SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL (obs.: encontrei neste site.)
Âmbito Geral
MEC - Secretaria de Educação Especial - http://www.mec.gov.br/seesp/default.shtm
CORDE - Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/principal.asp
CEDIPOD - Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência - http://www.cedipod.org.br/
Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro - http://www.cvi-rio.org.br/cvi.asp
Deficientes: o tema tratado por quem já venceu obstáculos http://www.geocities.com/HotSprings/7455/depoimentos.html
NIEE - Núcleo de Informática Aplicada à Educação Especial - UFRGShttp://www.niee.ufrgs.br/
Apresenta informações variadas sobre deficiências e recursos, com possibilidades de interação - Penpal - http://www.disabilitynet.co.uk/
National Rehabilitation Information Center - NARIC- informações variadas de recursos. - http://www.naric.com/naric/
Links para outros sites sobre deficiências para diferentes países e em ordem alfabética. http://www.dpi.org/accestxt.html
Vários recursos e links relacionados a deficientes. http://www.jan.wvu.edu/links/adalinks.htm
Artigos e informações sobre deficiências. - http://www.kidsource.com/NICHCY/index.html
Defnet - Banco de Dados a respeito das pessoas portadoras de deficiências. http://www.defnet.org.br%20/
Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo. http://www.apaesp.org.br/
Site sobre Mielite Transversa - http://www.myelitis.org/index.html
Associação Fluminense de Reabilitação. - http://www.nitnet.com.br/~afr
AACD - Associação de Assistência a Criaça Deficiente - http://www.aacd.org.br/
APADE - Associação dos Pais e Amigos dos Portadores de Deficiências. http://www.apade.org.br/
ABPST - Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida. http://www.talidomida.org.br/
APABB - Associação dos Pais e Amigos de Deficientes dos Funcionários do Banco do Brasil - http://www.apabb.com.br/
Deficiência Motora e/ou Fala
Defnet - banco de dados sobre pessoas portadoras de deficiência, principalmente sobre paralisia cerebral e links. http://www.defnet.org.br%20/
Softwares de acesso ao computador para portadores de deficiência motora - http://www.xtec.es/~jlagares/f2kesp.htm
Deficiência Visual
Instituto Benjamin Constant - Órgão do Ministério da Educação do Governo do Brasil, tendo suas ações destinadas às questões relacionadas à Deficiência Visual. - http://www.mec.gov.br/ibc/
Lamara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiênte Visual Várias informações sobre cegos, da Organização Nacional Espanhola de Cegos - http://www.once.es/
DOSVOX - permite acesso/interação de cegos à Internet. http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/
Informações gerais sobre cegos disponíveis no Fórum Braille - http://www.nfb.org/
SAC - Sociedade de Assistência aos Cegos - http://www.sac.org.br/
A escrita a branco (Lerparaver) - http://www.lerparaver.com/braille
Braile e Cia - http://www.braileecia.hpg.ig.com.br/
Canadian Braille Authority - http://www.canadianbrailleauthority.ca/
Fundação Dorina Nowill - http://www.fundacaodorina.org.br/
Hot Braille - http://www.hotbraille.com/
International Braille Research Center - http://www.braille.org/
Introduction to Braille - http://www.lowvision.org/introduction_to_braille.htm
Sociedade de Assistência aos Cegos - http://www.sac.org.br/APR_BR1.htm
The Canadian National Institute for the Blind - http://www.cnib.ca/pamphlets_publications/index.htm
Site sobre deficiência visual - http://www.deficientevisual.org.br/
Bengala Legal: Depoimentos e Informações - Cegos e Familiahttp://www.bengalalegal.com/familia.php
Aulas de html para Cegos - http://www.geocities.com/aulas_html

Deficiência Auditiva
Linguagem de sinais gráfica para surdos. - http://www.signwriting.org/
Escola Municipal Especial para Surdos - http://www.angelfire.com/ga/emes
INES - Instituto Nacional para Surdos - http://www.ines.org.br/

Deficiência Mental, Síndrome de Down, Autismo
Síndrome de Down - http://www.ecof.org.br/projetos/down/
Acessibilidade - recursos e diretrizes
HTML 4.0 (W3C) - http://www.w3.org/TR/html40
CSS 2 (W3C) - http://www.w3.org/TR/CSS2
WAI accessibility guideline: page authoring - http://www.w3.org/TR/WAI-WEBCONTENT
Pages Accessibilité de BrailleNet - http://www.braillenet.jussieu.fr/acces.htm
Java Accessibility Page - http://trace.wisc.edu/world/java/java.html

Acessibilidade - avaliação de páginas Web
Cynthias says - http://www.cynthiasays.com/
daSilva - http://www.dasilva.org.br/
HTML 4.0 validator - http://validator.w3.org/
Ocawa - http://www.ocawa.com/en/Test-your-Web-Site.htm
T.A.W - http://www.tawdis.net/taw3/cms/es

Principais ideias sobre Educação Inclusiva e a proposta de minha instituição.

Para falar de educação inclusiva, temos de abordar, antes, a questão da inclusão social, ou seja, o processo de tornar participantes do ambiente social total (o econômico, o cultural, o político e todos os demais) todos aqueles que se encontram, por razões de qualquer ordem, excluídos.
Como excluídos, pode-se considerar todos os grupos de pessoas que não participam em nossa sociedade capitalista, do consumo de bens materiais (produtos e mercadorias) e/ou serviços. Ou seja: aqueles que estão fora do processo produtivo, do acesso aos bens culturais, saúde, educação, lazer e outros, todos componentes da cidadania.
Uma das dimensões do processo de inclusão social é a inclusão escolar que pode ser considerada um conjunto de políticas públicas e particulares de levar a escolarização a todos os segmentos humanos da sociedade, com ênfase na infância e na juventude. Neste contexto, recebem atenção especial a integração de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, o ensino voltado para a profissionalização e a constituição da consciência cidadã.
O professor como agente de mudança, deve ter em mente, sempre, a responsabilidade social que o cargo lhe confere e participar decisivamente do esforço de inclusão, apesar de muitas vezes, alguns alegarem a inexperiência no assunto e demonstrarem falta de vontade.
Em minha escola regular a proposta de inclusão se concretiza na prática em relação à inserção do aluno com necessidades especiais na classe regular, porém como professora de uma turma de inclusão 9tenho um aluno portador de síndrome de down) posso alegar que a formação contínua do profissional não existe e o material diversificado é escasso (Obs; A Escola em que eu trabalho localiza-se dentro de um salão de Igreja, estamos aguardando a construção de uma “verdadeira” escola para os alunos!).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Artigo sobre Tecnologia Assistiva

Introdução ao Conceito de Tecnologia Assistiva.
Rita Bersch*1 e José Carlos Tonolli*2.

O que é Tecnologia Assistiva?
Conceito.
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão.
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey in Assistive Technologies: Principles and Practices, Mosby - Year Book, Inc., 1995).
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam.
Nele, a Tecnologia Assistiva se compõe de Recursos e Serviços. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
Recursos.
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
Serviços.
São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos.
Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas.
No Brasil, encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como "Ajudas Técnicas", "Tecnologia de Apoio", "Tecnologia Adaptativa" e "Adaptações".

Objetivos da Tecnologia Assistiva.
Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
Por que o termo "Tecnologia Assistiva"?
Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais freqüentemente o termo assistive technology.
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras).
Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.

Categorias de Tecnologia Assistiva.
A presente classificação faz parte das diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores. O importante é destacar a importância que esta organização confere ao universo de recursos, que até aqui vinham sendo confundidos com equipamentos da área médica/hospitalar (estrito senso), bem como outros não reconhecidos como ajudas de vida diária. A importância desta classificação está no fato de organizar a utilização, prescrição, estudo e pesquisa destes materiais e serviços, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização.
Auxílios para a vida diária - Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.
CAA (CSA) - Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa - Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.
Recursos de acessibilidade ao computador - Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.
Sistemas de controle de ambiente - Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
Projetos arquitetônicos para acessibilidade - Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.
Órteses e próteses - Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recursos ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.
Adequação Postural - Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar, visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.
Auxílios de mobilidade - Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.
Auxílios para cegos ou com visão sub-normal - Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.
Auxílios para surdos ou com déficit auditivo - Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado - teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
Adaptações em veículos - Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.

Atuação da Tecnologia Assistiva.
A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.
Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSOCIAL e diz respeito a avaliação e intervenção em:
Funções e estruturas do corpo - Deficiêcia
Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação.
Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais.
Modelos Conceituais.
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade, foram propostos vários modelos conceituais:
Modelo Médico: Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.
Modelo Social: O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.
Abordagem Biopsicosocial: A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.
*1 - Fisioterapeuta - diretora do CEDI - Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil - ATACP 2006 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA.*2 ATACP 1998 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA.